Governo de Minas intensifica vacinação contra a coqueluche em todo o estado

Público alvo são os profissionais de saúde que atuam em creches e berçários, além de doulas, ginecologistas e obstetras.

 

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), intensifica a vacinação contra a coqueluche, a partir desta segunda-feira (2/12), até o dia 31 de março de 2025, nos 853 municípios mineiros, com a vacina dTpa.

“O objetivo da SES-MG é aumentar a proteção de públicos que lidam diretamente com grávidas, recém-nascidos e crianças de até três meses de idade, que ainda não receberam esta vacina”, salienta o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi.

O público-alvo da campanha inclui:

  • profissionais de saúde pública e privada, ambulatorial e hospitalar, especialmente aqueles que atuam em ginecologia, obstetrícia, parto, pós-parto, UTI, UCI neonatal e pediatria;

  • profissionais de doula, que acompanham gestantes durante a gravidez, parto e pós-parto;

  • e trabalhadores de berçários e creches que cuidam de crianças até 4 anos de idade.

“Para se vacinar, basta que o profissional de saúde apresente documento de identificação e de comprovação da sua atuação à unidade de saúde. Portanto, teremos as vacinas habituais do calendário das crianças que iniciam o esquema vacinal a partir do terceiro mês e também para os profissionais de saúde, em todas as unidades de saúde do estado de Minas Gerais”, explica o subsecretário.

Doses

Para a ação, serão disponibilizadas 223.796 doses da vacina DTPa, que já estão sendo distribuídas para as Unidades Regionais de Saúde (URS) em todo o estado, de acordo com a demanda de cada município.

“É fundamental que o governo seja diligente e consiga aumentar o público com acesso a essa vacina para diminuirmos a possibilidade de casos, inclusive graves, e tentar evitar todo e qualquer óbito dessa doença, que é imunoprevenível, e que, portanto, pode e deve ser evitada com o uso da vacina”, afirma Prosdocimi.

Panorama no estado

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2024, até a Semana Epidemiológica 46 (de 10 a 16/11), foram notificados 991 casos suspeitos, sendo 439 confirmados para a doença e dois óbitos.

Os dois óbitos foram de recém-nascidos cujas mães não tomaram a vacina dTpa durante a gravidez.

De 2021 a 2023, foram 14 casos confirmados em cada ano, sem registros de óbitos pela doença. Em 2020 foram 37 casos confirmados, também sem nenhum óbito.

Cobertura

A vacinação é fundamental para prevenir a coqueluche, especialmente em crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias e a meta de cobertura recomendada para a vacina é de 95%.

De acordo com o Painel de Vacinação do Calendário Nacional do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal no estado, entre janeiro e agosto de 2024, das vacinas que protegem contra a coqueluche, chegou a 87,6% para a vacina pentavalente (que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B) e 87,62% para a DTP (que imuniza contra a difteria, tétano e coqueluche).

Já a vacina dTpa – Gestantes, alcançou 94,02% de cobertura vacinal.

Os dados são parciais e estão sujeitos a alterações.

A doença

A coqueluche apresenta sintomas semelhantes aos de um resfriado, como coriza, febre leve e tosse, podendo evoluir para uma tosse mais severa, intensa e persistente, além de apresentar vômito pós tosse e dificuldade para respirar.

Ela é transmitida pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas de saliva eliminadas por tosse, espirro ou ao falar.

Mais informações podem ser acessadas em www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas/coqueluche

 

 

Por Jornalismo SES/MG

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